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CASAMENTO E DINHEIRO

Texto nº 01


A professora Karina Azen, que também trabalha como advogada de família, já acompanhou muitas dissoluções de uniões estáveis ou divórcios que tiveram como pontos cruciais: I) O arrependimento na escolha do regime de bens, ou II) As frustrações e desentendimentos de como um dos cônjuges lida com o dinheiro.

Isto indica que uma análise mais global dessas questões precisa partir de um olhar multidisciplinar sobre a relação conjugal e o dinheiro. Por isto que, a partir de hoje, a DUO se propõe a trazer algumas publicações que ficarão centradas nesta tão complexa e apaixonante temática.

A lei que define o casamento e a união estável menciona a existência de um PROJETO DE VIDA EM COMUM. Isto significa que a partir de então deixará de existir um “eu” e passará a existir um “nós”.

Apesar do marco legal dessa transição do “eu” para o “nós”, indaga-se como os casais vão colocar em prática a “criação” e a “execução” do projeto de vida em comum?

Para responder a esta problemática, que vai acontecer neste e nos próximos textos/vídeos, apresenta-se as formas de gestão do dinheiro pelos casais, que costuma ser entre uma destas alternativas:

1) Sistema de gerenciamento total dos gastos: em que todo o ganho salarial é gerenciado por uma única pessoa, que controla todos os gastos da casa, exceto os gastos pessoais do parceiro. Geralmente é a mulher quem faz esse controle. Pior níveis de qualidade conjugal;

2) Sistema de gerenciamento por mesada ou pensão: em que um dos cônjuges é o principal provedor financeiro, fornecendo um valor para as despesas da casa e mantendo um valor não revelado para outros gastos, inclusive seus gastos pessoais;

3) Sistema de gestão compartilhada do dinheiro: em que ambos os cônjuges têm acesso ao dinheiro e ambos têm um papel ativo na tomada de decisões financeiras. Melhores níveis de qualidade conjugal;

4) Sistema de gestão independente do dinheiro: em que cada cônjuge tem o controle individual sobre sua renda e compromissos individuais com as despesas e nenhum dos cônjuges tem acesso ao dinheiro do outro.

Pelo que foi colocado acima, pode-se afirmar que o primeiro passo na construção da conjugalidade e do seu projeto de vida a dois seja a definição de como será o funcionamento conjugal com relação ao dinheiro.

Durante a união também será importante ter a flexibilidade e abertura para revisar o funcionamento anteriormente escolhido. Ainda mais quando surgem situações imprevisíveis como se está vivenciando na atualidade: O mundo está mergulhado numa pandemia, Covid-19, que tem efeitos direto na vida familiar e financeira de todas as pessoas, o que indica a relevância de tratar da temática relação conjugal e finanças.

Afora esse fator, a intimidade, ou até mesmo a “invasão”, que o isolamento social está no levando com o parceiro e filhos, somado, ainda, ao problema financeiro que pode “bater a nossa porta”, resultará como consequência em muitos conflitos que necessitarão de uma intervenção multidisciplinar para promover a saúde familiar.

Bem este foi o texto de hoje sobre “Casamento e Dinheiro”. Interaja conosco nas redes sociais e siga nos acompanhando que vem muita coisa nova por aí!


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