A REVISÃO CONTRATUAL DA RELAÇÃO CONJUGAL
Hoje vou tomar a liberdade de comentar um pouco sobre a minha vida pessoal, já que amanhã eu e Júlio completaremos 15 anos de casados. Nesta data simbólica, nós decidimos trocar as alianças como uma forma de demarcar a revisão do nosso contrato conjugal. O casal que iniciou lá em setembro de 2007 não é o mesmo de hoje, porque cada um se transformou nesse intervalo de tempo. Nesta nova etapa da vida a dois estamos nos sentindo ainda mais conectados, com projetos de vida tanto do casal como individual, que estão caminhando em sintonia e lado a lado.
Em relação ao dinheiro na relação conjugal, acredito que também precisamos revisar o contrato e as combinações. Repensar o que é o meu e o que é o nosso! Eu percebo pelos clientes que atendo, que os aspectos culturais e emocionais que nos constitui como sujeitos respinga, e muito, na vida a dois. É relevante que o casal possa compreender os impactos jurídicos do regime de bens que escolheu quando iniciou a união, como: analisar de onde vem o dinheiro que mantém o padrão de vida familiar, quais são os bens adquiridos pelo casal e como se pretende realizar a partilha, se um dia a relação chegar ao seu fim ou um deles vier a falecer. Mas, talvez o mais importante de tudo seja se a maneira que o casal está vivendo hoje sobre o dinheiro e o patrimônio é satisfatório para ambos a partir das consequências advindas pela separação ou pela morte.
Por esse contexto, se recomenda que os casais dialoguem, e muito, sobre os projetos conjugais, parentais e individuais. Que tentem conciliar os desejos e anseios profissionais de cada um. O tempo, muitas vezes, dedicado para o parceiro ou para os filhos não será compensado financeiramente num futuro divórcio. Como o tempo dedicado ao trabalho e que se deixou de estar com parceiro e filhos também não será computado num futuro próximo. Viva-se o agora e com as suas escolhas conscientes!
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